segunda-feira, 26 de abril de 2010

Santa Camellia


Muita gente não sabe, mas o nome “chá”, que utilizamos para fazer referência a quaisquer misturas de água quente com folhas e frutas, na verdade é o nome popular de infusões feitas com Camellia sinensis, a planta que está cada dia mais conhecida por seus efeitos maravilhosos.
Mais de mil anos antes de Cristo, os chineses já começaram a desfrutar dos benefícios quase infinitos que a ingestão desta planta pode proporcionar. Por mais que ainda não existam muitas plantações de Camellia sinensis no Brasil, sua intensa divulgação pela mídia atualmente e o aparecimento de suas versões industrializadas estão criando novos hábitos de alimentação e provando porque não devemos ignorar a sabedoria milenar oriental.
Sendo a bebida mais popular do Japão ainda hoje, o chá verde, derivado mais difundido desta planta, leva frequentemente a fama pela saúde, longevidade e boa forma física dos japoneses.
O motivo da boa fama do chá é o fato de ele conter substâncias antioxidantes, ou seja, que impedem a ação dos radicais livres no nosso organismo. Como os principais alvos dos radicais livres são as proteínas (necessárias para reparar os tecidos), os lipídios (que comunicam sinais entre as células) e o DNA (responsável por nossa informação genética), uma barreira a eles previne o envelhecimento, os danos no sistema cardiovascular e as doenças como o mal de Alzheimer e o câncer, além de fortalecer o sistema imunológico. Também o polifenol, antioxidante, ataca bactérias causadoras de infecções na garganta, cáries e pasmem: mau hálito. Também presente em sua composição está o tanino, que diminui o colesterol ruim.
Porém, o que faz com que esta planta bata recorde de venda por aqui é sua promessa de aceleração do metabolismo, o que causa o emagrecimento.
Por mais que alguns estudiosos estejam tentando provar a qualquer custo que estes efeitos não são reais, os povos que utilizam da Camellia sinensis há milhares de anos não abrem mão dela por nada.
A diferença entre os chás preto, oolong, verde e branco, os mais conhecidos por aqui, reside no fato de que cada um deles é feito com a planta em um estágio da vida e, logo, mais ou menos oxidada. O chá branco, por exemplo, o que tem maior poder de ação no organismo e é o mais raro dos tipos, é feito com os botões mais jovens da Camellia sinensis.
O ideal é escolher logo o seu e começar a tomá-lo quanto antes possível! A quantidade mais recomendada permeia a média de quatro xícaras diárias. Porém, é essencial não substituir a água pelo chá. Quanto mais hidratação, melhor!
Por mais que o sabor amargo dos chás nem sempre agrade a todos os paladares, hoje encontramos para comprar variedades industrializadas que, além de serem consumidas geladas, trazem sabores diferenciados, como limão e lichia.
A desvantagem é que, como estas bebidas não são feitas exclusivamente de chá, mas têm em sua composição sucos e acidulantes, seu potencial fica restringido. A este respeito, alguns nutricionistas dizem que o certo é beber uma quantidade maior para alcançar benefícios iguais aos da bebida natural.
Fica a dica!

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